domingo, 6 de dezembro de 2009

CICLONES

Ciclone

Um ciclone (ou depressão ou centro de baixas pressões) é uma região em que o ar relativamente quente se eleva e favorece a formação de nuvens e precipitação. Por isso, tempo nublado, chuva e vento forte estão normalmente associados a centros de baixas pressões. A instabilidade do ar produz um grande desenvolvimento vertical de nuvens cumuliformes associadas a cargas de água.

Ciclones e Anti-ciclones (Hemisfério Norte)são indicados nos mapas meteorológicos pela letra «B» e são locais onde a pressão atmosférica é a mais baixa na sua vizinhança e em volta do qual existe um padrão organizado de circulação de ar. À medida que, pela acção do diferencial de pressões, o ar flui dos centros de altas pressões para um centro de baixas pressões é deflectido pela força de Coriolis de tal modo que os ventos circulam em espiral, isto é, no sentido anti-horário (direcção contraria aos ponteiros de um relógio) no Hemisfério Norte e no sentido horário (direcção dos ponteiros de um relógio) no Hemisfério Sul. Na meteorologia os movimentos de ar resultantes de um centro de altas pressões são denominados anti-ciclones.

O sentido de giro de um ciclone e de um anti-ciclone é o contrário para um mesmo hemisfério, sendo este determinado pela aceleração de Coriolis.

Ciclone
Ciclones e Anti-ciclones (Hemisfério Norte)

Como exemplo de ciclones podemos citar os sistemas frontais, os tornados e os furacões. Como, na Índia e na Austrália, os furacões são chamados ciclones (e, na Ásia, tufões), a mídia confunde constantemente o termo ciclone com furacão. A meteorologia diferencia o ciclone extratropical do furacão. Um furacão tem núcleo quente e se forma sobre águas quentes, em geral acima de 26 graus celsius. Um ciclone extratropical em geral é um fenômeno de latitudes médias e altas que se propaga até latitudes tropicais, associado comumente a frentes frias e ondas baroclínicas em altos níveis da troposfera.

Mapa meteorológico
Mapa meteorológico

Sistema frontal ciclónico (Hemisfério Norte)Os ciclones são fáceis de reconhecer num mapa de observações à superfície pelos ventos que tendem a fluir para ele com uma rotação «em espiral» e nas imagens de satélite pela configuração em forma de vírgula de bandas de nuvens.

No Hemisfério norte, um ciclone em desenvolvimento é tipicamente acompanhado (a leste do centro de baixas pressões) por uma frente quente atrás da qual ventos de sul transportam para norte o ar quente e húmido de uma massa de ar quente, contribuindo para a desenvolvimento de precipitação. Atrás do centro de baixas pressões (a Oeste dele), ventos de norte transportam ar mais frio e seco para o sul, com uma frente fria marcando o bordo da frente dessa massa de ar mais fria e seca. No Hemisfério sul, como o sentido ciclónico se inverte, observa-se tipicamente a situação simétrica desta.

Ciclone
Sistema frontal ciclónico (Hemisfério Norte)

Ciclone tropical

Ciclone tropical é um sistema tempestuoso caracterizado por um sistema de baixa pressão, por trovoadas e por um núcleo morno, que produz ventos fortes e chuvas torrenciais. Este fenômeno meteorológico forma-se nas regiões trópicas, onde constitui uma parte importante do sistema de circulação atmosférica ao mover calor da região equatorial para as latitudes mais altas. Um ciclone tropical alimenta-se do calor libertado quando ar úmido sobe e o vapor de água associado se condensa. Os ciclones tropicais são alimentados por formas diferentes de libertação de calor do que outros fenômenos ciclônicos, como os ciclones extratropicais, as tempestades de vento européias e as baixas polares, permitindo a sua classificação como sistemas de 'núcleo morno'.

Estes ciclones são chamados de 'tropicais' porque se formam quase que exclusivamente em regiões trópicas e também por se originarem de massas de ar tropicais marítimas. Estes sistemas são chamados de 'ciclones' devido a sua natureza ciclônica. No hemisfério norte, os ciclones tropicais giram em sentido anti-horário e no hemisfério sul giram em sentido horário. Dependendo de sua localização geográfica e de sua intensidade, os ciclones tropicais podem ganhar vários outros nomes, tais como furacão, tufão, tempestade tropical, tempestade ciclônica, depressão tropical ou simplesmente ciclone.

Os ciclones tropicais produzem ventos fortes e chuvas torrenciais. Estes sistemas também são capazes de gerar ondas fortes e a maré ciclônica, uma elevação do nível do mar associada ao sistema. Estes fatores secundários podem ser tão devastadores quanto aos ventos e às chuvas fortes.

Os ciclones tropicais formam-se sobre grandes massas de água morna e perdem sua intensidade assim que se movem sobre terra. Esta é a razão porque regiões costeiras são geralmente as áreas mais afetadas pela passagem de um ciclone tropical; regiões afastadas da costa são geralmente poupadas dos ventos mais fortes. Entretanto, as chuvas torrenciais podem causar enchentes severas e as marés ciclônicas podem causar inundações costeiras extensivas, podendo chegar a mais de 40 quilômetros da costa. Seus efeitos podem ser devastadores para a população humana, embora podem amenizar estiagens.

Muitos ciclones tropicais formam-se quando as condições atmosféricas em torno de uma perturbação fraca na atmosfera são favoráveis. Outros se formam quando outros tipos de ciclones adquirem características tropicais. Estes sistemas tropicais movem-se por meio de correntes de ar na troposfera. Quando as condições atmosféricas continuam favoráveis, o ciclone tropical se intensifica e geralmente se forma no seu núcleo um olho. Por outro lado, quando as condições atmosféricas tornam-se desfavoráveis ou o sistema atinge a costa, o sistema começa a se enfraquecer e posteriormente se dissipa.

Furacão Catarina
O Furacão Catarina, um ciclone tropical do Atlântico sul raro visto da Estação Espacial Internacional em 26 de Março de 2004


Estrutura física

Todos os ciclones tropicais são áreas de baixa pressão atmosférica próximos à superfície terrestre.

As medições da pressão atmosférica nos centros dos ciclones tropicais estão entre as menores já registradas mundialmente ao nível do mar. Os ciclones tropicais são caracterizados e guiados pela liberação de grandes quantidades de calor de condensação, que ocorre quando ar úmido é levado para cima e seu vapor se condensa. Este calor é distribuído verticalmente em torno do centro do ciclone.

Desta forma, em qualquer altitude, exceto ao nível do mar onde a temperatura da superfície do mar controla a temperatura ambiente, o interior de um ciclone tropical é mais quente do que as partes externas ou áreas em torno.

Estrutra de um ciclone tropical
Estrutra de um ciclone tropical
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Bandas de tempestade

Bandas de tempestade são bandas de nuvens que produzem tempestades e trovoadas que se movem de ciclonicamente e em espiral em direção ao centro do sistema. Ventos fortes e aguaceiros freqüentemente ocorrem em bandas de tempestade individuais. Entre bandas de tempestade podem ocorrer regiões de calmaria. Tornados freqüentemente ocorrem nas bandas de tempestade de um ciclone tropical que está prestes a atingir a costa. Ciclones tropicais anulares se distinguem de outros ciclones tropicais pela ausência de bandas de tempestade. Os ciclones tropicais anulares apresentam uma massiva área circular de distúrbios meteorológicos em torno de seus centros de baixa pressão atmosférica.

Enquanto todos os ciclones requerem divergências atmosféricas acima para continuarem a se aprofundar, a divergência atmosférica sobre ciclones tropicais está em todas as direções a partir de seus centros.

Nos topos de ciclones tropicais destacam-se ventos que saem de seus centros para as áreas externas, realizando um movimento anticiclônico, devido ao efeito Coriolis. Ventos associados a um ciclone tropical na superfície são extremamente ciclônicos, enfraquecem-se conforme a altitude e num determinado instante conforme aumenta a altitude, começam a girar ao contrário.

Ciclones tropicais têm como única característica própria a necessidade de pouco ou nenhum vento de cisalhamento para manterem seu núcleo morno nos seus centros.

Olho e o núcleo interno

Um ciclone tropical intenso irá acolher uma área de ar no centro de sua circulação. Se esta área for suficientemente forte, poderá evoluir para um olho. As condições meteorológicas no olho são normalmente calmas e livres de nuvens, embora o mar poderá estar extremamente violento.[3] O olho é normalmente circular em sua forma e pode variar em tamanho entre 3 a 370 quilômetros de diâmetro. Ciclones tropicais intensos e maduros pode às vezes exibir uma curvatura interna do topo de sua parede do olho, o que pode lembrar um estádio de futebol; este fenômeno às vezes é referido como efeito estádio.

Há outros destaques que podem estar em torno do olho ou cobri-lo. O centro denso nublado é uma área concentrada onde há intensa atividade de trovoadas localizado perto do centro do sistema; em ciclones tropicais fracos, o centro denso nublado poderá cobrir o centro do sistema completamente. A parede do olho é um circulo de tempestades violentas que envolve o olho; é nesta região de um ciclone tropical que são encontrados os ventos mais fortes, onde as nuvens alcançam o pico de intensidade e também onde a precipitação é a maior.

Os maiores danos causados por um ciclone tropical são quando a parede do olho passa sobre terra. Ciclos de substituição da parede do olho podem ocorrer naturalmente em ciclones tropicais intensos. Quando os ciclones tropicais atingem seu pico de intensidade, eles normalmente têm uma parede do olho e um raio de vento máximo que podem se contrair para um tamanho muito pequeno em comparação ao ciclone como um todo, por volta de 10 a 25 quilômetros. Bandas de tempestade externas podem se organizar para formar outro anel de tempestades e trovoadas (uma nova parede do olho) que move-se lentamente em direção ao olho e começa a usurpar da umidade da parede do olho e de seus momentum angular. Quando a parede do olho enfraquece-se, o ciclone tropical enfraquece (em outras palavras, o vento máximo sustentado se enfraquece e a pressão atmosférica central sobe). A parede do olho externa substitui completamente a outra parede do olho no fim do ciclo. O ciclone pode voltar a ter a intensidade inicial ou em alguns casos, o ciclone poderá estar mais forte após a substituição da parede do olho terminar. O ciclone poderá fortalecer-se novamente assim que o sistema constrói uma nova parede do olho para o próximo ciclo de substituição da parede do olho.

Tamanho

Uma medida de tamanho de um ciclone tropical é determinada pela medição da distância de seu centro de circulação até a sua isóbara mais externa, também conhecida como seu "ROCI". Se a medida do raio for menos do que dois graus de latitude (222 km), então o ciclone é 'muito pequeno' ou 'anão'. Se a medida do raio for entre 2 a 3 graus (222 a 333 km), então o ciclone é considerado 'pequeno'. Se a medida do raio for entre 3 a 6 graus (333 a 666 km), então o ciclone será considerado um ciclone de 'tamanho normal'.

Ciclones tropicais são considerados 'grandes' quando seu raio fica entre 6 a 8 graus (666 km a 888 km). Ciclones tropicais são considerados ‘muito grandes’ quando o seu raio ultrapassa 8 graus (mais de 888 km).[14] Outros métodos de determinar o tamanho de um ciclone tropical incluem a medida do raio de ventos máximos no qual seu campo relativo de vorticidade diminui para 1×10-5 s-1 de seu centro.

Ciclones no Brasil

Temporada de ciclones no Brasil de 2008

A Temporada de ciclones no Brasil de 2008 se iniciou no dia 1 de janeiro de 2008 e terminará no dia 31 de dezembro de 2008. Tem seus auges em abril e setembro, porém a temporada dura o ano inteiro. Fenômenos como depressão tropical, tempestade tropical, ciclone tropical e furacão, são muito raro se acontecer no atlântico sul. Porém se por acaso esses fenômenos acontecerem, serão relatados nesta página.

Um ciclone (ou depressão ou centro de baixas pressões) é uma região em que o ar relativamente quente se eleva e favorece a formação de nuvens e precipitação. Por isso, tempo nublado, chuva e vento forte estão normalmente associados a centros de baixas pressões. A instabilidade do ar produz um grande desenvolvimento vertical de nuvens cumuliformes associadas a cargas de água.

Como não há alguma lista específica com nomes para batizar os ciclones que se formam no atlântico sul, os ciclones serão tratados pela ordem de ocorrência.

Ciclones

Primeiro ciclone extratropical

O Primeiro Ciclone Extratropical da Temporada de Ciclones no Brasil de 2008, formou-se junto a costa de São Paulo no dia 27 de janeiro de 2008. Meteorologistas acretitaram que o ciclone poderia se tornar um furacão por causa do seu centro "quente". Porém isso não aconteceu e segundo os meteorologistas da Climatempo, o ciclone deve causar poucos estragos nas áreas afetadas.

Ciclone Lee-Ariel

Ciclone Lee-Ariel
O ciclone Lee-Ariel em 16 de Novembro de 2007.
Formação: 13 de Novembro de 2007
Dissipação: 19 de Novembro de 2007
Vento mais forte (1 min): 65 nós (120 km/h, 75 mph)
Vento mais forte (10 min): 50 nós (93 km/h, 58 mph)
Pressão mais baixa: 980 hPa (mbar) ou 735 mmHg
Danos: Nenhum
Fatalidades: Nenhum
Áreas afetadas: Nenhuma
Parte da
Temporada de ciclones na região da Austrália de 2007-08
Temporada de ciclones no Oceano Índico sudoeste de 2007-08

O ciclone Lee-Ariel foi um ciclone tropical ativo entre 13 e 17 de Novembro de 2007 sobre o Oceano Índico. O ciclone recebeu dois nomes distintos por estar ativo em duas bacias de monitoração ciclones tropicais diferentes: a bacia do Oceano Índico sudoeste e a bacia do Oceano Índico sudeste. Lee-Ariel foi o terceiro ciclone tropical e o segundo sistema nomeado da temporada de ciclones na região da Austrália de 2007-08. Lee-Ariel também foi o segundo ciclone tropical e o primeiro sistema nomeado da temporada de ciclones no Oceano Índico sudoeste de 2007-08. Durante seu período de existência, Lee-Ariel não atingiu terras emersas e por este motivo, não houve danos ou qualquer casualidade associada ao ciclone.

História da tempestade

Uma perturbação tropical formou-se a sudoeste de Jacarta, Indonésia, em 13 de Novembro de 2007. Assim que a circulação ciclônica de superfície se consolidou, o Centro de Aviso de Ciclone Tropical (CACT) em Perth começou a emitir avisos regulares sobre o sistema em desenvolvimento enquanto ele ainda estava na área de responsabilidade do CACT de Jacarta. Em 14 de Novembro, o CACT de Perth classificou a área de baixa pressão como o ciclone tropical "Lee". Neste momento, o ciclone ainda se localizava na área de responsabilidade do CACT de Jacarta. Depois, o Joint Typhoon Warning Center emitiu um Alerta de Formação de Ciclone Tropical (AFCT) sobre o ciclone tropical Lee e logo depois designou o sistema como o ciclone tropical 03B. Em 15 de Novembro, o CACT de Perth classificou Lee como um ciclone de categoria 2. Depois, Lee cruzou o meridiano 90°L, deixando a área de responsabilidade do CACT de Perth para adentrar na área de responsabiliadade do Centro Meteorológico Regional Especializado (CMRE) de Reunião. Com isso, o CACT emitiu seu último aviso sobre Lee. Assim que adentrou a área de responsabilidade do CMRE de Reunião, o ciclone ganhou o nome de "Ariel", sendo o primeiro sistema nomeado desta bacia na temporada de 2007 e 2008. Logo depois de cruzar o meridiano 90°L, Lee, agora referido como "Ariel", continuou seu movimento para oeste-sudoeste, encontrando condições ambientais desfavoráveis para a sua existência. Em 17 de Novembro, o CMRE de Reunião classificou Ariel como uma tempestade tropical moderada. Depois, ainda no mesmo dia, o CMRE de reunião classificou Ariel como uma depressão tropical. No final de 18 de Novembro, Ariel se degenerou numa área de baixa pressão remanescente e com isso, o CMRE de Reunião e o JTWC emitiram seus últimos avisos sobre o sistema.

Preparativos e impactos

Lee-Ariel permaneceu em mar aberto durante todo o seu período de existência. Nenhum navio ou estação meteorológica registrou os ventos do ciclone. Não há registros de danos causados pela tempestade.

Ciclone Guba

Ciclone Guba
O ciclone Guba perto de Papua Nova Guiné.
Formação: 13 de Novembro de 2007
Dissipação: 20 de Novembro de 2007
Vento mais forte (1 min): 140 km/h (1 e 10 min)
Pressão mais baixa: 970 mbar
Danos: $71,4 milhões de dólares americanos
Fatalidades: 170
Áreas afetadas: Papua Nova Guiné

O ciclone Guba (designação do JTWC: 02P, também conhecido como ciclone tropical intenso Guba) foi um ciclone tropical que causou 170 mortes e danos severos em Papua Nova Guiné. Sendo o primeiro sistema nomeado da temporada de ciclones na região da Austrália de 2007-08, Guba formou-se em 13 de Novembro de 2007 perto da ilha de Nova Guiné e alcançou a força de um ciclone tropical no dia seguinte. O nome Guba foi dado pelo Centro de Aviso de Ciclone Tropical (CACT) de Port Moresby, Papua Nova Guiné. Entretanto, na maior parte de seu período de existência, Guba esteve presente na área de responsabilidade do CACT de Brisbane, Austrália. Guba deslocou-se sem rumo na porção norte do Mar de Coral nos dias seguintes, alnaçnado a força de um ciclone tropical categoria 3 (escala australiana) em 16 de Novembro. O ciclone foi uma ameaça para a Península de Cape York, Austrália, mas nunca atingiu a região, tendo se dissipado em 20 de Novembro

História da tempestade

O Centro de Aviso de Ciclone Tropical (CACT) de Brisbane, Austrália começou a emitir avisos sobre uma área de baixa pressão tropical que estava localizada perto de Papua Nova Guiné em 13 de Novembro de 2007. Ao mesmo tempo, o Joint Typhoon Warning Center emitiu um alerta de formação de ciclone tropical (AFCT) sobre o sistema. Depois, ainda no mesmo dia, o JTWC emitiu seu primeiro aviso, designando o sistema como o ciclone tropical "02P". Pouco depois, o CACT de Brisbane começou a emitir avisos regulares sobre a área de baixa pressão tropical no começo da madrugada de 14 de Novembro. Ao mesmo tempo, foi emitido um alerta de ciclone para a costa norte da Península de Cape York e também para as comunidades em ilhas costeiras. Pouco depois, o CACT de Brisbane classificou a área de baixa pressão como o ciclone tropical Guba, sendo que o nome "Guba" foi dado pelo CACT de Port Moresby. O nome Guba é um nome masculino em Papua Nova Guiné e significa "um aguaceiro no mar". Guba deslocou-se sem rumo próximo à costa de Queensland nos dois dias seguintes. Os alertas e avisos de ciclone foram cancelados assim que era previsto que Guba seguiria lentamente sobre o mar. Guba começou a se deslocar para o sul e a intensificar em 16 de Novembro, tornando-se um ciclone tropical categoria 3 na escala australiana de ciclones tropicais.

Guba foi um ciclone tropical pequeno, porém intenso, formando um olho bem definido. Guba começou a se enfraquecer em 17 de Novembro e foi "rebaixado" para um ciclone tropical categoria 2. Depois de ter sido "rebaixado" para um ciclone tropical categoria 1 em 18 de Novembro, o sistema começou a se deslocar mais rapidamente em direção à oeste, em direção à costa de Queensland. Alertas e avisos de ciclone tropical foram declarados novamente em 19 de Novembro assim que foi previsto que o ciclone iria se aproximar da costa e se intensificar. Entretanto, isto nunca se concretizou assim que Guba começou a mover-se para o norte logo depois. Com a mudança da direção de deslocamento, Guba poupou a costa australiana. Posteriormente, o ciclone começou a se deslocar para o nordeste enquanto continuava a se enfraquecer. O CACT de Brisbane "rebaixou" Guba para uma área de baixa pressão tropical] e emitiu seu último aviso sobre o sistema em 20 de Novembro.

Impactos

As enchentes em Papua Nova Guiné deixaram no mínimo 170 fatalidades. Na província de Oro, cerca de 2.000 pessoas tiveram que ser retiradas devido às inundações.

Estradas, pontes e cerca de 40 casas foram arrastadas pelas enxurradas. Na capital da província, Popondetta, o suprimento de água potável e de eletricidade foram cortados e os equipamentos associados foram severamente danificados. O acesso por terra à cidade foi totalmente bloqueado. Todos os voos com saída ou destino em Popondetta foram cancelados durante a passagem do ciclone. O distrito de Rabaraba na província de Milne Bay também foi atingida pelas inundações; cerca de 30 casas e estufas de alimentos foram arrastados pela enxurrada, forçando a retirada de 100 pessoas. O Governo de Papua Nova Guiné disse que mais de 145.000 pessoas foram afetadas pelas inundações na província de Oro. Seis dias de chuvas torrenciais deixaram danos calculados em $200 milhões de Kinas ($71,4 milhões de dólares americanos. As chuvas torrenciais foram as piores dos últimos 30 anos, de acordo com o povo local.

Após a tempestade

O governo declarou estado de emergência para a província de Oro. O Governo de Papua Nova Guiné liberou $50 milhões de kinas para ajudar as comunidades provincianas. As Forças Armadas de Papua Nova Guiné e autoridades locais das Nações Unidas ajudaram nos esforços de ajuda, de re-habitação e de reconstrução. A Austrália doou $1 milhões de dólares australianos em ajuda humanitária para as regiões afetadas. Cinco aviões da Força Aérea Real Australiana, três helicópteros do Exército Australianoe um veículo da Marinha Real Australiana e outros pessoas da forças armadas australianas foram enviados para ajudar nos esforços de emergência. Suprimentos, como comprimidos purificadores de água, água potável, abrigos emergenciais, cobertores e geradores de eletricidade. A AusAID organizou uma missão para contabilizar os danos na infraestrutura e para reportar as ajudas prioritárias.

Recordes

Guba foi o primeiro ciclone tropical nomeado pelo CACT de Port Moresby, Papua Nova Guiné, desde o Ciclone Epi, em 2003. Guba também foi o primeiro ciclone tropical a se formar em Novembro desde 1977.



Ciclone Ivan


Ciclone
O ciclone Ivan em 16 de fevereiro de 2008, rumando para Madagascar
Formação: 7 de Fevereiro de 2008
Dissipação: 24 de Fevereiro de 2008
Vento mais forte (1 min): 215 km/h (185 km/h 10 min)
Pressão mais baixa: 930 hPA (mbar)
Danos: Desconhecidos
Fatalidades: No mínimo 83
Áreas afetadas: Madagascar

O ciclone Ivan (designação do JTWC: 18S; ciclone tropical intenso Ivan, segundo o CMRE de Reunião) foi o nono sistema nomeado da temporada de ciclones no Oceano Índico sudoeste de 2007-08. Ivan também foi o sistema mais intenso a fazer landfall na temporada de 2007-08.

Ivan formou-se a nordeste de Madagascar, embora tenha seguido para sudoeste antes de mudar sua trajetória para oeste, e alcançou o pico de intensidade com ventos constantes por 1 minuto estimados em 215 km/h segundo o Joint Typhoon Warning Center, ou 185 km/h, segundo a Météo-France. Em 17 de Fevereiro, Ivan atingiu a costa nordeste de Madagascar, na Província de Toamasina. Em 28 de Fevereiro, pelo menos 83 pessoas morreram como conseqüência da passagem do ciclone

História da tempestade

Em 3 de Fevereiro, uma área de distúrbios meteorológicos situado ao norte de Madagascar em associação à Zona de Convergência Intertropical começou a apresentar uma circulação ciclônica, sendo monitorado pelo JTWC. Não houve mudanças significativas quanto a intensidade no sistema, até que em 7 de Fevereiro, o sistema começou a apresentar sinais de intensificação. O JTWC emitiu um alerta de formação de ciclone tropical sobre o sistema em desenvolvendo na madrugada (UTC) daquele dia. Horas depois, o Centro Meteorológico Regional Especializado (CMRE) de Reunião, controlada pela Météo-France, classificou o sistema, designando-o como a depressão tropical 11-20072008. Três horas depois, o JTWC começou a emitir avisos regulares sobre o sistema, designado-o como o ciclone tropical 18S. A partir deste momento, em 7 de Fevereiro, o sistema começou a se intensificar continuamente. por volta de meio-dia do mesmo dia, o CMRE de Reunião classificou a depressão como a tempestade tropical moderada Ivan, o nono sistema nomeado da temporada de ciclones no Oceano Índico sudoeste de 2007-08. 6 Horas depois, o CMRE de Reunião classificou Ivan como uma tempestade tropical intensa. A partir deste momento, o desenvolvimento de Ivan tornou-se mais lento assim que seu deslocamento tornou-se quase estacionário. Por volta das 12:00 UTC de 11 de Fevereiro, o CMRE de Reunião classificou Ivan como um ciclone tropical.

No entanto, ventos de cisalhamento começaram a afetar o ciclone e Ivan começou a se enfraquecer sobre o Oceano Índico central. No começo da manhã de 12 de Fevereiro, Ivan enfraqueceu-se para uma tempestade tropical severa. Uma alta subtropical formou-se a sudoeste do ciclone e Ivan foi forçado a seguir para nordeste e depois para oeste, passando sobre águas mais frias. Estas águas estavam frias devido à propria passagem de Ivan. Estas águas frias combinada com o aumento na intensidade dos ventos de cisalhamento enfraqueceram Ivan para uma tempestade tropical moderada. Ivan continuou a seguir para oeste, seguindo pela periferia norte da alta subtropical e deixando a região de águas frias. Assim que encontrou águas mais quentes e condições atmosféricas mais favoráveis, Ivan intensificou-se numa tempestade tropical intensa novamente em 14 de Fevereiro. Ivan continuou a seguir para oeste e oeste-sudoeste encontrando melhores condições para seu desenvolvimento. Ivan tornou-se novamente um ciclone tropical. Um olho começou a se desenvolver, tornando-se bem definido em 16 de Fevereiro. Neste momento, a Météo-France classificou Ivan como um ciclone tropical intenso, o segundo da temporada. Pouco depois, Ivan alcançou o pico de intensidade, com ventos constantes em 1 minuto sustentado de 215 km/h, segundo o Joint Typhoon Warning Center (JTWC), ou 185 km/h em 10 minutos sustentados, segundo o CMRE de Reunião. O ciclone também atingiu uma pressão atmosférica central mínima de 930 mbar. Em 17 de Fevereiro, Ivan fez landfall em Madagascar, com ventos constantes de 195 km/h, na Província de Toamasina, mais precisamente em Fenoarivao. Após o landfall, Ivan começou a se enfraquecer rapidamente. A Météo-France declassificou Ivan como uma depressão tropical sobre terra no momento do landfall. em 18 de Fevereiro, o JTWC emitiu seu último aviso sobre o ciclone tropical 18S e no dia seguinte, o CMRE de Reunião também emitiu seu último aviso sobre o sistema. No entanto, a Météo-France recomeçou a emitir avisos regulares sobre a depressão em degeneração ex-Ivan, notando a regeneração do sistema no Canal de Moçambique. Logo depois, os avisos foram descontinuados, mas em 22 de Fevereiro, a Météo-France voltou a emitir avisos regulares sobre a zona perturbada ex-Ivan. No dia seguinte, a Météo-France novamente descontinuou os avisos sobre Ivan.

Ciclone Ivan
O ciclone rumando para Madagascar

Preparativos e impactos

O Serviço de Meteorologia de Madagascar disse aos habitantes da porção norte e nordeste do país a se prepararem para a chegada do ciclone. A destruição causada por Ivan em madagascar foi grande. Segundo o governo de Madagascar, Ivan foi um dos piores ciclones a atingir a ilha nos últimos anos. A ilha de Saint Marie, a 60 km da costa nordeste da ilha, cerca de 80 % das casas foram completamente destruídas. As regiões norte e nordeste de Madagascar foram praticamente isoladas do resto do país, principalmente devido às enchentes, que bloquearam estradas e levaram pontes. A ajuda para aquela região foi dificultada por estas estradas bloqueadas. Apenas aeronaves conseguiam chegar na região. O ciclone afetou 12 das 22 regiões de Madagascar.

O Escritório Nacional de Desastres Naturais de Madagascar começou a avaliar os danos causados por Ivan no país. Segundo a agência, além dos ventos fortes terem destruído muitas casas, as enchentes persistiram por vários dias. A infra-estrutura da região foi seriamente afetada; os serviços de eletricidade e água potável foram interrompidos. Cerca de 190.000 pessoas estão desabrigadas. 45.000 acres de plantações de arroz de Madagascar, que ficam na região, foram afetadas. Foram confirmadas 83 mortes e 177 pessoas ainda estão desaparecidas, sendo que nove destas estão consideradas mortas depois que um hotel desabou sobre elas; o socorro não chegou ao local devido às inundações.

Após a tempestade

O governo de madagascar lançou um apelo para a comunidade internacional.320.000 pessoas foram afetadas pelo ciclone. Como houve muita inundação, estas pessoas perderam sua agricultura de subsistência. Várias organizações mundiais, inclusive as Nações Unidas por meio da UNICEF chegaram à província de Toamasina para distribuir itens para sobrevivência, como cobertores, lonas e material para a construção de abrigos de emergência. O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas também ajudou no socorro às pessoas afetas. A agência humanitária distribuiu alimentos energéticos, como biscoitos para as pessoas afetadas. Outras organizações enviaram alimentos, como biscoitos energéticos, para as áreas acessíveis. A avaliação de dados foi dificultada pelas extensas inundações; muitas áreas estavam completamente isoladas, até mesmo helicópteros não podiam pousar em segurança devido às enchentes.



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