segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O QUE É COLETA SELETIVA


O que é coleta seletiva, reciclagem e minimização de resíduos

Muita gente fica na dúvida e não sabe direito o que é reciclagem, o que é coleta seletiva, o que quer dizer minimização de resíduos.Para evitar confusões, colocamos abaixo uma pequena descrição de cada um dos termos:

Coleta seletiva - É a atividade de separar o lixo, para que ele seja enviado para reciclagem. Separar o lixo é não misturar os materiais passíveis de serem reaproveitados ou reciclados (usualmente plásticos, vidros, papéis, metais) com o resto do lixo (restos de alimentos, papéis sujos, lixo do banheiro) . A coleta seletiva tanto pode ser realizada por uma pessoa sozinha, que esteja preocupada com o montante de lixo que estamos gerando (desde que ela planeje com antecedência para onde vai encaminhar o material separado) , quanto por um grupo de pessoas (condomínio, escola, cidade, etc.). Organizar um programa de coleta seletiva não é tão complicado, MAS EXIGE PLANEJAMENTO CUIDADOSO. Entre em contato com o GEA antes de implantar um programa, para obter mais informações: é grátis!

Reciclagem - É uma atividade - na maior parte dos casos, industrial - que transforma os materiais já usados em outros produtos que podem ser comercializados. Através da reciclagem, papéis velhos transformam-se em novas folhas ou caixas de papelão; os vidros se transformam em novas garrafas ou frascos; os plásticos podem se transformar em vassouras, potes, camisetas; os metais tranformam-se em novas latas ou recipientes.

Minimização de resíduos - É um conceito que abrange mais do que a simples coleta seletiva e envio do lixo para reciclagem. Pressupões três regrinhas básicas que devem ser seguidas : primeiro pensar em todas as maneiras de REDUZIR o lixo, depois, REAPROVEITAR tudo o que for possível, e só depois pensar em enviar materiais para RECICLAR. Essa forma de atuação é chamada de 3 R, que é a letra inicial de cada uma das palavras-chave.

Quem pode fazer coleta seletiva?

Qualquer cidadão preocupado com os destinos do nosso planeta pode se envolver num programa de coleta seletiva. Se você está sozinho nessa empreitada, basta procurar onde encaminhar o seu lixo, o que é possível reciclar, e começar. O problema maior nesse caso é que, se na sua cidade não existe um programa organizado pela Prefeitura, você terá que pesquisar para descobrir para onde mandar seus recicláveis. NÃO SEPARE O LIXO SEM TER PLANEJADO PRIMEIRO PARA ONDE MANDAR.

Se você faz parte de um grupo, seja uma escola, condomínio, igreja , associação ou qualquer outro tipo de agremiação, e quer organizar um programa, consulte o Roteiro para implantação de coleta seletiva e procure o GEA para uma assessoria mais detalhada. NUNCA COMECE UM PROGRAMA SEM TER PLANEJADO TODAS AS ETAPAS PRIMEIRO. Um programa implantado sem planejamento está fadado ao fracasso, ou seus resultados serão muito abaixo do esperado. É necessária uma pesquisa prévia e um empenho de tempo e energia para organizar tudo com cuidado. Mas os resultados irão recompensar.

Roteiro para a realização de Programa de Coleta Seletiva

Um Programa de Coleta Seletiva não é tarefa difícil de realizar, porém é trabalhoso, exige dedicação e empenho, pois engloba pelo menos três etapas: planejamento, implantação e manutenção, todas com detalhes muito importantes. O primeiro movimento é verificar a existência de pessoas interessadas em fazer esse trabalho. Uma pessoa só não consegue arcar com tudo por muito tempo, pois uma das principais razões para o sucesso de programas desse tipo é a participação e o envolvimento do maior número de pessoas. Formado um grupo (3 ou 4 já são suficientes), o próximo movimento é reuni-las em grupo, e mãos à obra!

É importante desde o início ir informando sobre os passos que estão sendo dados e sempre convidar os demais para participar, utilizando-se para isso formas costumeiras de organização (reuniões de professores, APM, condôminos, etc.)

PRIMEIRA ETAPA: PLANEJAMENTO

1. Conhecendo um pouco o lixo do local:
· Quantidade diária gerada (pode ser em peso ou volume)
· De que materiais o lixo é composto e suas relativas proporções (quanto de lixo orgânico, papel, alumínio, plásticos, outros metais, vidro, etc.)
· Qual caminho que o lixo faz: desde onde é gerado até onde é disposto para a coleta geral.
· Identificar se há materiais já coletados separadamente, se sim, para onde são encaminhados.

2. Conhecendo as características do local:
· Instalações físicas (local para armazenagem, locais intermediários, etc.)
· Recursos materiais existentes (tambores, latões e outros que possam ser reutilizados)
· Quem faz a limpeza e a coleta normal do lixo, e como ela é feita (quantas pessoas tem, freqüência)

3. Conhecendo um pouco o mercado dos recicláveis
· Preços: podem ser observados através do boletim do CEMPRE
· Compradores: pode-se iniciar a pesquisa pela lista do CEMPRE (disponível na Internet), lista do Instituto Gea, por um pequeno estudo do que existe disso no bairro e por uma consulta às Páginas Amarelas (sucatas, papel, aparas, etc.)
· Doação: uma opção para quem vai implantar a coleta seletiva é encaminhar os materiais para associações que vendem ou reaproveitam. Assim, é bom ter uma lista desses interessados à mão: o Instituto GEA tem uma lista e esta pode ser complementada fazendo uma pesquisa pela região, pois há muitas entidades beneficentes que aceitam jornais, revistas, vidros, etc.

4. Montando a parte operacional do projeto
Com todos esses dados, já está na hora de começar a planejar como vai ser todo o esquema. Sabendo-se as quantidades geradas de lixo por tipo de material, as possibilidades de estocagem no local, os recursos humanos existentes, etc.

Pode-se decidir:
· Se a coleta vai ser de todos os materiais ou só dos mais fáceis de comercializar
· Se a coleta vai ser em um lugar só ou com pontos intermediários (ex.: corredores, por andares etc.)
· Quem vai fazer a coleta
· Onde vai ser estocado o material, inclusive o recolhimento com a freqüência necessária
· Para quem vai ser vendido e/ou doado o material
· Como vai ser o caminho dos recicláveis, desde o local onde é gerado até o local da estocagem
· Recursos materiais necessários

Com toda a parte anterior definida pode-se:
· Fazer a lista do que precisa ser adquirido (o Instituto GEA tem a lista de fornecedores de vários materiais, com vários tipos de preços)
· Fazer a lista do que pode ser recuperado
· Fazer a lista do que precisa ser adaptado
· Fazer a lista do que mais precisa ser providenciado (placas sinalizadoras, adesivos, etc.)

5. Educação ambiental

Esta parte também é essencial para o programa dar certo: envolve todas as atividades de informação, sensibilização e mobilização de todos os segmentos envolvidos.

· Primeiro passo consiste em listar os diferentes segmentos. Ex.: em uma escola temos alunos, professores, funcionários da limpeza e do conselho administrativo, pais, etc. Em um condomínio temos: moradores (jovens, crianças, adultos, funcionários da limpeza, empregadas domésticas etc.)
· Segundo passo é pensar que tipo de informação cada segmento deve receber.
· Terceiro passo: pensando em cada segmento e nas informações que se quer passar, PLANEJAR quais atividades elaborar para cada um, visando atingi-lo com mais sucesso e objetivo. Entre as atividades usadas sugerimos algumas: cartazes, palestras, folhetos, reuniões, festas, etc. Realizar uma variedade grande de atividades sempre é melhor, pois atinge mais pessoas.
· Quarto passo é planejar a inauguração do programa: é hora de fazer alguma comemoração, exposição, palestra, treinamento, etc. Fazer dessa data algo marcante é algo que vale a pena e ajuda a alcançar muito mais gente.

SEGUNDA ETAPA: IMPLANTAÇÃO

1. Em função de todos os dados levantados já se pode passar para uma previsão de quando lançar o programa. Deve-se levar em conta todos os materiais educativos/informativos, que precisam ser elaborados, tudo o que precisa ser comprado e / ou adaptado, reformado, etc.

2. Divisão dos trabalhos: nessa fase, como aparecem várias tarefas, contatos, etc, que precisam ser feitos, é muito importante dividir os afazeres. Assim, o acerto com os sucateiros, a elaboração dos materiais educativos, a compra dos materiais, o treinamento do pessoal de limpeza, a organização da inauguração do programa são tarefas executadas mais facilmente com a divisão de trabalho.

3. Acertos finais: pode-se resolver o que está pendente e finalmente, partir para a inauguração.

4. Inauguração do programa: esta deve ser muito divulgada e ter sempre uma característica alegre, de festa, mas também, onde as informações principais possam ser repassadas.

TERCEIRA ETAPA: MANUTENÇÃO

· Acompanhamento e gerenciamento da coleta, do armazenamento, venda e/ou doação dos materiais.

· Levantamento das quantidades coletadas, se possível até setorizado.

· Atividades contínuas de informação, sensibilização e incentivos; importantíssimo repassar os resultados, retomar os objetivos, etc. Jornais, palestras, reuniões, gincanas, cartazes são instrumentos que devem ser utilizados.

· Balanço do andamento e resultado do programa.

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