domingo, 6 de dezembro de 2009

CHUVAS



A energia que faz a chuva vem do sol.

Esquenta e ilumina o planeta provocando evaporação das águas, fotossíntese e evapotranspiração das plantas, etc.

Esta umidade vai sendo acumulada no ar.

A simples existência do calor do sol provoca movimentação das massas de ar formando alguns tipos de ventos, e a radiação solar diferenciada pelo giro da terra forma outros, que se misturam e interagem.

Uma quantidade imensa de água paira invisível sobre nossas cabeças.

Está em toda parte, inclusive entre seus olhos e a tela do seu computador.

Entra e sai de nossas narinas, etc..

Esta água é denominada umidade relativa do ar.

É ela que, sob certas circunstâncias, forma nuvens e depois cai sob a forma de chuva.

A umidade relativa do ar

A umidade do ar é dita relativa, porque se relaciona com a temperatura do ar.

Isto se dá de forma diretamente proporcional, ou seja:

Quanto maior a temperatura do ar,
maior sua capacidade de conter umidade

É fácil percebermos se está alta ou baixa, pendurando roupa úmida no varal, à sombra.

Se a roupa secar logo, é porque "coube" facilmente mais umidade no ar, ou seja, o ar estava com baixa umidade relativa

É importante considerar a velocidade do vento, que quanto maior, tanto mais renova o ar que passa imediatamente próxima ao tecido, apressando a evaporação da água.

Um dos aparelhos utilizados para medir a umidade relativa, a que dá-se o nome de psicrômetro, consta simplesmente de dois termômetros iguais, mas um deles tem um cadarço úmido envolvendo o seu bulbo. (A outra ponta do cadarço está num pequeno vaso com água, para que todo o cadarço permaneça úmido).

Seu princípio físico de funcionamento é mais ou menos assim: quando a água vai evaporando do cadarço, passa de estado líquido (do cadarço) para o estado gasoso (para o ar). Nesta passagem de estado, há um consumo de energia térmica.

Este mesmo processo é utilizado por algumas espécies de animais, para que possam perder calor, o que chamamos comumente de suor.

Para se saber então, a umidade relativa do ar naquele momento, basta que se tome a diferença de temperatura entre os dois termômetros, e se confira o resultado em uma tabela pré-estabelecida que relaciona a temperatura com a umidade.

Daí, obtemos a chamada Umidade Relativa do Ar.

A formação das nuvens

As nuvens se formam pela perda da capacidade do ar de conter umidade.

Isto ocorre normalmente, quando massas de ar que estão com alta umidade relativa, sofrem resfriamento.

Na atmosfera, isto se dá normalmente pela elevação destas massa de ar.

Ao subir, o ar vai se expandindo pela diminuição da pressão atmosférica.

Esta expansão, desconcentra calor, resfriando-o.

À medida que o ar vai se resfriando, ele vai perdendo a capacidade de conter umidade, ou seja, sua umidade relativa vai aumentando até chegar a 100% da sua capacidade.

Daí para frente, a umidade começa a aparecer sob a forma de pequenas gotículas de água que pairam no ar, levadas pelos ventos.

Quando o fenômeno ocorre a certa altura, chamamos de nuvem, quando está próximo do chão, chamamos de neblina, serração, névoa, etc..

Se o processo continuar se intensificando, haverá a precipitação da umidade em forma de chuva.

Tipos de chuvas

É muito simples identificar os tipos de chuvas, e prever sua ação e duração.

Veja a seguir:

A elevação das massa de ar, na América do Sul, ocorrem comumente de três formas, as quais originam os três tipos básicos de chuva.

São eles:

Chuva Convectiva

Características

Típica chuva de verão, com grande intensidade e curta duração (é menos comum no inverno). Pode produzir ventos locais e muitos raios. Ocorre pela formação de "corredores" verticais de ar, provocados pela elevação de massas de ar quente.

Como se forma

Quando o sol aquece a terra, formam-se células convectivas. Estas células são imensas massas de ar aquecido na superfície da terra, que iniciam uma subida em algum local.

Esta subida tende a puxar para cima mais ar aquecido da superfície da terra. O ar aquecido que está subindo empurra para cima e para os lados o ar que está acima dele. Acelera-se o processo como numa ampla e gigantesca chaminé.

Por isto, estas nuvens tem um formato típico de cogumelo. São muito grandes, podendo ter dezenas de quilômetros de diâmetro, e vários quilômetros de altura.

Podem ocorrer isoladas (com céu azul em volta), o que é facilmente observado por pessoa que não esteja sob a imensa nuvem.

Quando o processo produz nuvens muito altas e de grande energia cinética, criam ambiente ideal para formação de granizo.

Apresentam grande atividade elétrica interna, com infinidades de raios e violentos ventos verticais e turbulências diversas. São um enorme perigo para aeronaves.

Podem produzir grandes diferenças de potencial elétrico com a terra, possibilitando intensa ocorrência de raios.

É uma nuvem muito sonora e relampagueante.

Chuva Frontal

Características

É uma chuva de menor intensidade, com pingos menores, e de longa duração. Pode ocorrer por vários dias, apresentando pausas e chuviscos entre fases mais intensas.

Na metade sudeste do continente, pode ocorrer em qualquer época do ano, mas tem maior duração nos meses frios, quando os fenômenos atmosféricos são menos intensos.

Pode produzir ventos fortes e grande quantidade de raios. Ocorre em uma imensa área simultaneamente.

Como se forma

Ocorre pelo encontro de duas grandes massa de ar. Uma quente e úmida, estacionária ou vinda do quadrante norte, outra fria, vinda do quadrante sul.

A frente fria, mais densa, entra por baixo, levando para cima a massa de ar quente.

Quando esta massa de ar quente possui elevada umidade relativa, a chuva é iminente.

A intensidade dos fenômenos (chuvas, ventos, raios), depende da intensidade dos elementos envolvidos (velocidade dos deslocamentos, umidade e temperatura das massas de ar). Frentes frias ocorrem comumente a cada 6 a 8 dias, e poderão ou não provocar chuva.

Chuva Orográfica

Características

Ocorre quando uma nuvem encontra um alto obstáculo em seu caminho, como uma grande elevação do terreno, cadeia de morros, serra, etc.

Como se forma

Para a massa de ar transpor o obstáculo, é forçada a subir. Aí ocorre aquela velha história: ar que sobe é ar que se expande pela menor pressão atmosférica, e ar que se expande é ar que "dilui" calor. Massa de ar que perde calor, perde junto a capacidade de conter umidade, o que gera nuvens e em segmento, chuva. Daí a grande incidência de nebulosidade e chuvas, muitas vezes torrenciais, nas altas encostas dos morros.

Estas nuvens podem provocar tempestades elétricas perigosas, pela proximidade da terra com as nuvens, sobretudo quando ocorre juntamente com outro tipo de chuva (frontal, convectiva).

Fonte: www.cepen.com.br

Chuvas

Introdução

As águas de drenagem superficial são fundamentalmente originárias de precipitações pluviométricas cujos possíveis transtornos que seriam provocados por estes escoamentos, devem ser neutralizados pelos sistemas de drenagem pluviais ou esgotos pluviais.

As precipitações pluviométricas podem ocorrer tanto da forma mais comum conhecida como chuva, como em formas mais moderadas como neblinas, garoas ou geadas, ou mais violentas como acontece nos furacões, precipitações de granizo, nevascas, etc.

No entanto nas precipitações diferentes das chuvas comuns as providências coletivas ou públicas são de natureza específica para cada caso.

Tipos de Chuva

São três os tipos de chuvas para a Hidrologia:

  • Chuvas convectivas
  • Chuvas orográficas
  • Chuvas frontais

As convectivas são precipitações formadas pela ascensão das massas de ar quente da superfície, carregadas de vapor d'água. Ao subir o ar sofre resfriamento provocando a condensação do vapor de água presente e, consequentemente, a precipitação. São características deste tipo de precipitação a curta duração, alta intensidade, freqüentes descargas elétricas e abrangência de pequenas áreas.

As chuvas orográficas são normalmente provocadas pelo deslocamento de camadas de ar úmido para cima devido a existência de elevação natural do terreno por longas extensões. Caracterizam-se pela longa duração e baixa intensidade, abrangendo grandes áreas por várias horas continuamente e sem descargas elétricas.

As chuvas frontais originam-se do deslocamento de frentes frias ou quentes contra frentes contrárias termicamente, são mais fortes que as orográficas abrangendo, porém, como aquelas, grandes áreas, precipitando-se intermitentemente com breves intervalos de estiagem e com presença de violentas descargas elétricas.

Medição de Chuva

Dois aparelhos são comumente empregados nas medições das chuvas. São eles o pluviômetro e o pluviógrafo. O pluviômetro é mais utilizado devido a simplicidade de suas instalações e operação, sendo facilmente encontrados, principalmente nas sedes municipais.

No pluviômetro é lido a altura total de água precipitada, ou seja, a lâmina acumulada durante a precipitação, sendo que seus registros são sempre fornecidos em milímetros por dia ou em milímetros por chuva, com anotação da mesma dependendo da capacidade e do capricho do operador ( Figura Abaixo )

Pluviômetro
Instalação de um pluviômetro

O pluviógrafo é mais encontrado nas estações meteorológicas propriamente ditas e registra a intensidade de precipitação, ou seja, a variação da altura de chuva com o tempo. Este aparelho registra em uma fita de papel em modelo apropriado, simultaneamente, a quantidade e a duração da precipitação. A sua operação mais complicada e dispendiosa e o próprio custo de aquisição do aparelho, tornam seu uso restrito, embora seus resultados sejam bem mais importantes hidrologicamente (Figura abaixo).

Pluviógrafo
Pluviógrafo: esquema de funcionamento

Para projetos de galerias pluviais devem ser conhecidos as variações da altura de chuva com o tempo. Isto só é possível através de medições via pluviógrafos.

Um pluviógrafo é constituído de duas unidades, a saber: elemento receptor e elemento registrador. O receptor é semelhante ao de um pluviômetro comum diferindo, apenas, quanto a superfície receptora que é de 200cm2, ou seja, a metade da área do pluviômetro. O elemento registrador consta de um cilindro oco, dentro do qual fica instalado um equipamento de relojoaria que faz girar um pequeno carretel situado sob o fundo do cilindro. Este cilindro gira uma volta completa em 24 horas, o que permite a mudança diária do papel com os registros de precipitações ocorridos, bem como o arquivamento contínuo para possíveis consultas futuras dos dados registrados.

Entre os vários modelos conhecidos, o mais empregado no Brasil é o de Hellmann-Fuess ( Figura Abaixo )

Pluviógrafo
Pluviógrafo: esquema de instalação
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Pluviógrafo de Hellmann-Fuess
Esquema do pluviógrafo de Hellmann-Fuess

Durante uma precipitação sobre o receptor a água escorre por um funil metálico 2, até o cilindro de acumulação 3. Neste cilindro encontra-se instalado um flutuador 4 ligado por uma haste vertical 6 a um suporte horizontal 9, que por sua vez possui em sua extremidade uma pena 8 que imprime sobre o papel do cilindro de gravação 5 a altura acumulada de água no cilindro de acumulação 3. Deste último, também parte um sifão 11 que servirá para esgotamento da água quando esta atingir uma altura máxima, despejando o volume sifonado em um vasilhame 10 localizado na parte inferior da instalação. Essa altura máxima é função da capacidade de registro vertical no papel, ou seja, quando a pena atinge a margem limite do papel, imediatamente ocorre o esgotamento, possibilitando que a pena volte a margem inicial continuando o registro acumulado.

Intensidade de Chuva

É a quantidade de chuva por unidade tempo para um período de recorrência e duração previstos. Sua determinação, em geral, é feita através de análise de curvas que relacionam intensidade/duração/frequência, elaboradas a partir de dados pluviográficos anotados ao longo de vários anos de observações que antecedem ao período de determinação de cada chuva.

Para localidades onde ainda não foi definida ou estudada a relação citada, o procedimento prático é adotar-se, com as devidas reservas, equações já determinadas para regiões similares climatologicamente.

Fonte: www.dec.ufcg.edu.br


Chuvas

Normalmente, quando cai água, vinda das nuvens, chamamos a isso: chuva. Mas esta palavra pode ter outros sinónimos. Assim, em Geografia (e não só) utiliza-se antes as palavras: precipitação, ou pluviosidade.

A chuva, ou melhor, as precipitações, não são iguais em todo o planeta, nem sequer estão distribuídas pelo planeta da mesma maneira....há locais que as precipitações são devido a determinados fatores, e noutros locais são devido a outros....Também há locais do mundo em que há muita precipitação e outros locais em que quase não há precipitações.

A melhor maneira de observarmos estas diferenças na distribuição das precipitações, no nosso planeta, é através de mapas de isoietas (que são linhas que unem locais com o mesmo valor de precipitação)

Convém lembrar que as precipitações podem ser no estado líquido ou sólido. As no estado líquido, é a chuva "normal" ...às no estado sólido, chamamos neve, granizo, saraiva


Figura 1 - Distribuição das precipitações no mundo
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A figura 1 mostra a distribuição das precipitações no mundo. Repara bem na figura: os locais mais escuros indicam as regiões com maiores valores de precipitação, enquanto que os locais mais claros (a amarelo), mostram os locais com poucas precipitações.

Não é por acaso que os locais com mais precipitação se situam ao longo do paralelo do Equador

Também não é por acaso que os locais com menos precipitações se situem (dum modo geral) sobre os paralelos dos trópicos.

Compara o mapa de isoietas com a figura 2, que mostra a circulação geral da atmosfera.


Figura 2- Baixas Pressões ( - ) e Altas Pressões ( + )
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Na figura 2, podemos observar:

As baixas pressões, representadas com o sinal -

As altas pressões, representadas com o sinal +

Os principais ventos que sopram SEMPRE das altas para as baixas pressões e que sofrem um desvio para a direita, se estiverem no Hemisfério Norte, e para a esquerda, se estiverem no Hemisfério Sul

Para já, comparando as duas imagens, convém verificar que:

Nas regiões equatoriais, que são as mais pluviosas, existem principalmente baixas pressões e que os ventos alísios vão para o Equador

Nas regiões tropicais, que são as menos pluviosas, existem principalmente altas pressões.

Tipos de Chuvas

Existem quatro principais tipos de chuvas.

Estão representados 3 desses tipos de chuvas:

Assim, na imagem:

Chuvas orográficas
Chuvas orográficas

A - corresponde a chuvas orográficas, ou chuvas de relevo.

O ar, enquanto se desloca, é forçado a subir devido a uma grande elevação (por exemplo uma montanha ou uma serra).Enquanto vai subindo pela elevação, vai arrefecendo (porque já sabes que conforme a altitude aumenta, a temperatura diminui). Se continuar a subir, vai-se formar condensação e, se continuar a subir e a arrefecer mais, passsa da condensação para a precipitação

B - corresponde a chuvas convergentes.

Chuvas convergentes
Chuvas convergentes

Neste tipo de chuvas, o que obriga o ar a subir é a convergência ventos.Convergência significa aproximação. Ou seja, existem ventos que se aproximam e, em vez de "chocarem" um com o outro, sobem. Experimente colocares as mãos em cima da mesa e aproxima uma da outra até a ponta dos dedos se tocarem.....continua a fazer força. Hás-de reparar que a tendência é a que os dedos se comecem a levantar

Ora o mesmo se passa com os ventos, e quando começam a subir, acontece o tal processo... vão subindo...vão arrefecendo....dá-se a condensação...e depois dá-se a precipitação.

Repara mais uma vez na figura 2. Nas regiões equatoriais, há a convergência dos ventos alísios, vindos das altas pressões subtropicais, para as baixas pressões equatoriais. Eles juntam-se na região equatorial. e não podem passar um pelo outro, porque é sabido que os ventos sopram sempre das altas para as baixas pressões. Ora se eles passassem um pelo outro, já soprariam das baixas para as altas e isso não pode acontecer.

C - correspondem a chuvas frontais.

Chuvas frontais
Chuvas frontais

O ar é forçado a subir por uma superfície frontal. As superfícies frontais, são como que um limite entre duas massas de ar diferentes. Dum lado está ar quente, do outro lado está ar frio. A superfície funciona como se fosse uma cunha. O ar é obrigado a subir pela superfície, conforme vai subindo vai arrefecendo....ao arrefecer, dá-se a condensação e depoisdá-se a precipitação.

Chuvas convectivas

Não estão representadas na figura. Acontecem quando uma masssa de ar passa sobre uma superfície bastante quente. Sabes o que acontece ao ar quente? Pois é, sobe! Já viste de certeza alguns balões de ar quente. Mas o ar quente ao subir, também vai arrefecendo. E o processo é igual aos anteriores....conforme vai subindo, vai arrefecendo, e mais cedo ou mais tarde (se continuar a subir) irá provocar precipitação


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Conclusão

O processo das chuvas é sempre o mesmo:

1º - o ar sobe
2º - conforme sobe, vai arrefecer
- conforme vai arrefecendo, vai-se dar a condensação
- se continuar a subir e a arrefecer, passa da condensação para a precipitação.

O que é diferente, são as maneiras que "obrigam" o ar a subir: podem ser as elevações (chuvas orográficas), podem ser as baixas pressões (chuvas convergentes), podem ser as superfícies frontais (chuvas frontais), ou podem ser superfícies demasiado quentes (chuvas convectivas).

Fatores que influênciam as precipitações

Além do relevo (altitude) que pode originar as chuvas orográficas, e dos centros de pressão, que podem originar as chuvas convergentes, há outros fatores que podem influenciar as precipitações

A continentalidade, que tem a ver com a proximidade ou afastamento em relação ao litoral, vai influenciar também as precipitações. Pode ver-se facilmente pela figura 1, que são os locais com menor continentalidade (mais próximos do litoral) que são mais sujeitos a precipitações. Isto acontece, porque são as áreas costeiras que são mais afectadas por ventos húmidos, que percorreram um longo trajecto sobre os oceanos e assim ficaram mais "carregados" de humidade. Portanto é natural que sejam as áreas costeiras umas das mais pluviosas.

A exposição geográfica também afecta as precipitações.

Isto tem a ver com os relevos concordantes ou discordantes. Mas o que é isto de concordantes e discordantes?

Diz-se que o relevo é concordante quando está disposto ("alinhado") com a linha de costa. Isto vai fazer com que os ventos vindos do litoral não o consigam contornar, sendo então obrigados a "subir pelo relevo", originando assim chuvas orográficas.

Esta é uma das razões que as áreas de menor continentalidade sejam mais pluviosas.

Por outro lado, diz-se que o relevo é discordante, quando o relevo (as montanhas) estão dispostas, ou "alinhadas" mais ou menos perpendicularmente, à linha de costa. [ver últimas figuras]. Isto vai fazer com que os ventos húmidos vindos do mar, consigam passar entre as montanhas.

Deste modo, é mais difícil que haja precipitações junto ao litoral, havendo precipitações mais para o interior (provocadas por outros fatores).

Fonte: www.geofredo.educacao.te.pt


Chuvas

Precipitação atmosférica mais comum, a chuva é a principal causa da exuberância de paraísos ecológicos como a selva amazônica, o vale do Congo e o arquipélago indonésio, regiões de maior índice pluviométrico do planeta.

Chuva é uma precipitação atmosférica constituída por gotas de água de dimensões variáveis mas, para efeito de classificação meteorológica, superiores a meio milímetro de diâmetro. Como as demais precipitações, a chuva resulta da condensação, decorrente normalmente da ascensão de massas de ar, de gotículas de vapor d"água que se integram às nuvens e formam núcleos de alta densidade.

Origem e formação

A diferença fundamental entre as partículas das diversas precipitações atmosféricas e as contidas nas nuvens é seu tamanho: a massa de uma gota de chuva pode equivaler a um milhão de vezes a massa relativa a uma partícula aquosa de nuvem. O processo por que passam as partículas de precipitação desenvolve-se pela superposição de vários fenômenos físicos, entre os quais a sublimação, a condensação e a aglomeração de partículas, depois dos quais se dá a precipitação propriamente dita.

Durante a sublimação, formam-se nas nuvens aglomerados de pequenos cristais de gelo denominados núcleos de sublimação e que resultam da conversão direta do vapor de água em gelo. Esses cristais aparecem espontaneamente nas nuvens quando estas são submetidas a temperaturas inferiores a -15o C, embora o ponto exato de sua formação varie de acordo com sua natureza físico-química. Podem atingir temperaturas em torno de -40o C, mediante o sub-resfriamento da nuvem sob a ascensão brusca de massas de ar.

Na fase de condensação, pequenos núcleos formados a partir das soluções de cloreto de sódio evaporado da água do mar e de compostos sulfatados provenientes de reações químicas atmosféricas, favorecem o processo da precipitação.

Na fase seguinte, ocorre a aglomeração de partículas em torno dos núcleos de sublimação, graças a mecanismos de colisão e acumulação de moléculas em movimento no interior das nuvens. Quando se inicia a etapa da precipitação, as partículas da nuvem alcançam um peso tal que as impede de permanecer em solução coloidal pela ação das correntes de ar ascendentes, e caem sob o efeito da gravidade.

Classificação

Em geral, as chuvas se classificam, do ponto de vista técnico, em três grandes grupos, de acordo com a quantidade de líquido ao longo de um determinado intervalo de tempo denominado índice pluviométrico. A unidade de medida utilizada é o milímetro, que representa a altura relativa à quantidade de água precipitada sobre uma proveta graduada. Assim, as chuvas ligeiras são aquelas correspondentes a uma precipitação inferior a 2,5mm por hora; as moderadas, a índices de 2,8 a 7,6mm; e as pesadas, a índices superiores a 7,6mm.

Medições pluviométricas

A quantidade de precipitação pode ser medida pelos pluviômetros e registradores pluviométricos. O pluviômetro mais comum consta de um recipiente cilíndrico com vinte centímetros de diâmetro, de fundo afunilado, que transporta a água precipitada para um tubo também cilíndrico de cinqüenta centímetros de comprimento e cuja seção é de 1/10 da do recipiente. Assim, para cada 2,5cm de chuva, a água terá 25cm de altura no tubo, o que propicia medições de quantidades precipitadas com bastante precisão.

O tubo é ligado a uma escala graduada, e o funil receptor se ajusta a um recipiente externo, de vinte centímetros de diâmetro, que conserva o excesso de água, pois o tubo interno só guarda cinqüenta centímetros de precipitação e, passado esse valor, transborda. No caso de registradores (pluviógrafos), o funil receptor tem, normalmente, 25cm de diâmetro. O peso da água retida num cilindro de vinte centímetros aciona uma mola, que transmite o movimento a um ponteiro, o qual o registra num cilindro giratório submetido a um mecanismo de relógio. À medida que a água se acumula, uma bóia na parte inferior do cilindro sobe, indicando a altura da precipitação dentro do tubo interno.

Distribuição geográfica

As zonas de maior pluviosidade são as que coincidem com as áreas de convergência do ar. Nesse sentido, distinguem-se quatro regiões distintas: equatorial, extratropical, montanhosa e anticiclonal. Na região equatorial, nota-se a convergência do ar tropical dos ventos alísios e do próprio ar equatorial, o que resulta em ascensão constante de ar quente e úmido. À medida que a corrente convectiva se eleva, arrefece e produz-se a condensação de cúmulus-nimbos, responsáveis pelas chuvas torrenciais de curta duração conhecidas como chuvas de convecção.

Já na região extratropical ocorrem zonas de convergência do ar quente de origem tropical e do ar frio polar, marcadas por depressões barométricas. Produzem-se chuvas ciclônicas provenientes ora do avanço do ar quente sobre o ar frio, ora do ar frio sobre o ar quente. Podem ser incluídas nesse tipo as chuvas da China central, as da monção de verão e as de inverno, resultantes das invasões ciclônicas que se deslocam em direção ao nordeste.

Nas regiões montanhosas, geralmente situadas perto do mar, como encostas em posição paralela ou oblíqua aos ventos úmidos, a precipitação aumenta com a altitude até certo nível, cujo limite varia com a latitude. Daí em diante, outras condições passam a prevalecer. Normalmente, as montanhas das latitudes tropicais e subtropicais, situadas nas costas orientais dos continentes, são bem mais favorecidas pelas chuvas do que as das costas ocidentais, nas mesmas latitudes.

Fato inverso se observa com as montanhas situadas em latitudes elevadas: as mais chuvosas se encontram junto às costas ocidentais, expostas aos ventos de oeste. O ar carregado de umidade, em sua ascensão, esfria-se ao condensar a umidade nele existente e então se precipitam, em aguaceiros persistentes ou em pancadas (conforme a origem do ar que se encontra com a montanha), as chuvas designadas como orográficas. Em contraposição, o ar que desce pela encosta do lado oposto é comprimido e por esse motivo aquecido adiabaticamente. Dessa forma, o tipo de clima da encosta interior se faz inteiramente diverso daquele que reina no outro lado.

Finalmente, consideram-se áreas anticiclonais as zonas de menor pluviosidade no globo, inclusive aquelas em que as chuvas praticamente não existem. O melhor exemplo é o do Saara, situado justamente na faixa tropical e que permanece constantemente sob a influência desse centro de ação atmosférica.

Fonte: www.biomania.com.br

CHUVAS

Ciclo Hidrológico

Ciclo Hidrológico
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A chuva éa forma principal pela qual a água retorna da atmosfera para a superfície terrestre, após os processos de evaporação/transpiração e condensação, completando assim o “Ciclo Hidrológico”.

A quantidade e a distribuição das chuvas definem o clima de uma região(seco ou úmido) e, juntamente com a temperatura do ar, define o tipo de vegetação naturalque ocorre nas diferentes regiões do globo e o potencial agrícola.

Condensação da água na Atmosfera

Chuva

Para que haja condensação na atmosfera, hánecessidade da presença de núcleos de condensação, em torno dos quais se foram os elementos de nuvem. O principal núcleo de condensação éo NaCl, óxido de enxofre ou fósforo, além do2-metiltreitol(reação do isoprenoemitido pela floresta com a radiação solar, formação das chuvas convectivasna região Amazônica)

Formação das Chuvas

Formação das Chuvas

O processo de condensação por si sónão écapaz de promover a ocorrência de precipitação, pois nesse processo são formadas gotículas muito pequenas,denominadas de elementos de nuvem, que permanecem em suspensão na atmosfera, não tendo massa suficiente para vencer a força de flutuação térmica.

Para que haja a precipitação deve haver a formação de gotas maiores, denominadas de elementos de precipitação, resultantes da coalescênciadas gotas menores, que ocorre devido a diferenças de temperatura, tamanho, cargas elétricas e também devido ao próprio movimento turbulento.

Tipos de Chuva

Chuva Frontal

Chuva Frontal
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Originada do encontro de massas de arcom diferentes características de temperatura e umidade. As frentes podem ser denominadas basicamente de frias ou quentes. Nesse processo ocorre a“convecção forçada”, com a massa de ar quente e úmida se sobrepondo àmassa fria e seca. Com a massa de ar quente e úmida se elevando, ocorre o processo de resfriamento adiabático, com condensação e posterior precipitação.

Características das chuvas frontais

Distribuição: generalizada na região

Intensidade: fraca a moderada, dependendo do tipo de frente

Predominância: sem horário predominante

Duração: média a longa (horas a dias), dependendo da velocidade de deslocamento da frente.

Chuva Convectiva

Chuva Convectiva

Características das chuvas convectivas

Distribuição: localizada, com grande variabilidade espacial

Intensidade: moderada a forte, dependendo do desenvolvimento vertical da nuvem

Predominância: no período da tarde/início da noite

Duração: curta a média (minutos a horas)

Chuva Orográfica

Ocorrem em regiões onde barreiras orográficas forçam a elevação do ar úmido, provocando convecção forçada, resultando em resfriamento adiabático e em chuva na face a barlavento. Na face a sotavento, ocorre a sombra de chuva, ou seja, ausência de chuvas devido ao efeito orográfico.

Fonte: www.ufpel.edu.br


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